
O ano de 2020 foi dos anos mais quentes desde que há registos.Janeiro e Fevereiro foram meses mais quentes que o habitual e ao mesmo tempo menos chuvosos que o normal. Esta conjugação de fatores fez antecipar o início do ciclo vegetativo das culturas. O abrolhamento nas regiões mais quentes do Douro Superior iniciou-se no final do mês de Fevereiro. O mês de Março registou temperaturas mais baixas, sobretudo na segunda quinzena .Em Abril e Maio registaram-se valores de precipitação ligeiramente acima da média, permitindo às plantas recuperar do deficit hídrico. Na segunda quinzena de Maio registou-se a primeira onda de calor, que viria a repetir-se entre a primeira semana de Julho e a segunda semana de Agosto. O mês de Julho foi mesmo o mês mais quente desde 1931.Na nossa região, em Julho e Agosto, as temperaturas durante o dia estiveram sempre muito próximas dos 40ºC e as noturnas rondaram os 20ºC.Depois do dia 10 de Agosto, as temperaturas baixaram e verificou-se mesmo a ocorrência de alguma precipitação, o que minimizou o duro impacto causado pelo stress hídrico e térmico dos meses anteriores .Do ponto de vista agrícola, verificou-se uma quebra acentuada de produção, causada sobretudo pelo escaldão.
2020

O inverno foi quente e seco, o défice de precipitação originou uma situação de seca meteorológica.
Na Primavera, os valores de temperatura média também foram superiores ao normal, o que conjugado com a baixa precipitação de Março e Maio, agravou a seca meteorológica. Em Abril, a precipitação registada, ajudou as plantas a recuperar do stress hídrico e foi possível reverter a situação de seca. O mês de Maio teve dois períodos extremamente quentes, com temperaturas bastante acima do normal.
O Verão foi atipicamente fresco, mas também muito seco. Esta situação acabou por ser bastante favorável para a vinha, porque embora houvesse pouca disponibilidade de água no solo, as temperaturas abaixo do normal possibilitaram às plantas a manutenção da sua atividade fotossintética.
As condições climáticas do ano 2019 permitiram obter, do ponto de vista sanitário uvas sãs e, produções médias acima do normal. Em 2019 inverteu-se a tendência dos últimos anos, de antecipação das vindimas.
2019

2018 iniciou muito frio e seco, prolongando a seca severa iniciada em 2017. De Março e até ao final de Junho verificaram-se valores de precipitação superiores ao habitual. As temperaturas estiveram um pouco abaixo da média, sobretudo no mês de Julho. Nos últimos dias de Julho e nos primeiros dias de Agosto, as temperaturas subiram para valores acima dos 40ºC durante o dia e durante a noite estiveram sempre acima dos 20ºC. Esta ocorrência provocou escaldão sobretudo nas uvas brancas e nas uvas tintas da casta Tinta Roriz. Nos meses de Agosto e Setembro não houve registos de precipitação. As vindimas iniciaram-se no final de Agosto e prolongaram-se até ao dia 10 de Outubro, para garantir que as uvas atingissem o ponto ótimo de maturação.
2018
2017 foi um ano extremamente quente e seco, sendo o 2º ano mais quente desde 1931. O excessivo calor e falta de água (stress hídrico e térmico), originou uma quebra acentuada na produção e levou a uma antecipação de 15 a 20 dias nas fases de desenvolvimento da vinha.
As vindimas iniciaram a 16 de Agosto (brancos) e pela primeira vez desde que há registos, vindimou-se tintos também em Agosto (início a 28/08).
Do ponto de vista sanitário foi um ano sem qualquer registo. No início de Setembro verificou-se alguma precipitação e os valores de temperatura mantiveram-se elevados, o que favoreceu a qualidade dos mostos. Os mostos em 2017 foram bastante alcoólicos, aromáticos e concentrados.
2017

Em 2016 a vindima começou a meio do mês de agosto, mais cedo do que é habitual, para fazer face ao calor intenso, depois de um inverno muito rigoroso e de uma primavera de temperaturas baixas. Não obstante, vindimaram-se uvas em perfeitas condições de maturação, com um grau alcoólico baixo e uma acidez viva e fresca.
2016

Em 2015 não houve qualquer stress hídrico, muito pelo contrário, as condições climatéricas foram muito favoráveis - com sol, calor e pouca humidade - e traduziram-se em mostos equilibrados, na suavidade dos taninos e na intensa concentração de cor.
2015
Em 2014 as vindimas tiveram início em agosto, confirmando a previsão de um ano precoce devido à grande quantidade de água acumulada durante a primavera e o inverno. A qualidade dos vinhos, contudo, não foi minimamente afetada, muito pelo contrário: os brancos têm uma frescura, uma mineralidade e uma precisão fora do comum e os tintos são muito equilibrados, com grande frescura e uma fruta limpa e fugaz.
2014

Em 2013 a chuva do inverno e da primavera foi preciosa para repor os níveis de água no solo, mas o calor intenso a partir de junho levou a que as vindimas fossem antecipadas para meados de agosto, uma decisão que impediu que a chuvas fortes do fim de Setembro afetassem os trabalhos. Os vinhos, esses, são extremamente equilibrados, com muita frescura e boa concentração.
2013

Em 2012 as temperaturas e a precipitação foram abaixo da média e, por isso, as produções foram naturalmente baixas. Contudo, a qualidade não foi afetada e temos vinhos extremamente ricos e saborosos que, por serem jovens, merecem ser guardados em cave por muitos anos.
2012

Em 2011 a precipitação no inverno foi acima da média e as temperaturas no verão foram bastante elevadas. No entanto, a altitude de Freixo de Espada-à-Cinta é-nos favorável e graças às noites frescas mantivemos a acidez necessária para produzir um “vinho equilibrado e cheio de classe”, 95 - Decanter.com (MARITAVORA GRANDE RESERVA BRANCO).
2011
Em 2010 tivemos um inverno muito chuvoso e um verão quente e seco, que se traduziu em vinhos algo discretos enquanto jovens, mas com uma acidez bem vincada e estrutura equilibrados. “O aumento de complexidade com o passar dos anos em cave tem sido notável e prova o potencial de guarda deste vinho” - 18.5, JPM (MARITAVORA GRANDE RESERVA BRANCO).
2010

Em 2009 a precipitação total foi inferior à média anual ocorrida entre 1930 e 1960 e as temperaturas elevadas sentidas nos meses de Agosto e Setembro condicionaram as vindimas, o que se traduz em vinhos menos equilibrados e mais alcoólicos.
2009

Em 2008 a precipitação foi igualmente elevada, mas as temperaturas não condicionaram as vindimas, pelo contrário, as noites especialmente frias o mês de Setembro contribuíram a obtenção de mostos tintos bastante fechados na cor e de grande intensidade aromática e de mostos brancos baixos em teor alcoólico e altos em acidez total.
2008
Em 2007 as chuvas vieram repor as reservas de água no solo mas deram, também, origem a surtos de míldio. As temperaturas frescas de Agosto e inícios de Setembro atrasaram a maturação, num ano marcado claramente pelas condições climatéricas. No entanto, a qualidade manteve-se com vinhos brancos muito elegantes, complexos e cheios de caráter mineral e vinhos tintos com cores fantásticas e uma acidez incrível.
2007

Em 2006, regra geral, um ano seco, houve muitas oscilações de temperatura e com uma tempestade de granizo em junho que varreu as vinhas. Em Setembro, as temperaturas foram muito elevadas e para se evitar a sobrematuração das uvas, as vindimas começaram mais cedo do que o previsto e o resultado foram vinhos tintos com boa graduação alcoólica e equilibrados e vinhos brancos de aroma mais discretos.
2006

Em 2005, depois de um inverno muito seco e relativamente frio e de um verão muito quente, a vindima decorreu entre o início de Setembro e meados de Outubro e deu origem a vinhos muito finos e elegantes, com boa acidez e cheios de personalidade.
2005
Na Maritávora, estamos atentos às condições climatéricas que afectam as nossas vinhas e, apesar de sabermos que a Natureza é uma força incontrolável, temos como missão salvaguardar os níveis altos de acidez e evitar graus alcoólicos elevados nos nossos vinhos.